De 3 de janeiro deste ano a 5 de dezembro, os papéis de IRB (IRBR3) caíram 79,63%, de R$ 3,24 a R$ 0,66.
Em novembro, o Citi publicou um relatório com projeções mais pessimistas para a companhia, redução do preço-alvo de R$ 1,10 para R$ 0,90, porém, com a elevação da recomendação de venda para neutra.
De acordo com o banco, justificam a nova posição do banco em relação a empresa os resultados mais recentes do terceiro trimestre – com prejuízos – e o aumento de capital. Entretanto, analistas fizeram a ressalva de que os papéis já caíram demais e que a visão mais cautelosa atual incorpora cenários em que o potencial de maiores quedas já fora eliminado.
Para o Citi, a possibilidade de se registrar lucro líquido deve ser contemplada apenas para meados de 2023, uma projeção de melhoria ainda mais próxima que a feita para a normalização de índices de sinistralidade. Para os analistas, um avanço nesses indicadores deve ocorrer apenas num prazo de dois a três anos.
O banco norte-americano projeta que as perdas líquidas da IRB atinjam o patamar de R$ 726 milhões em 2022, de R$ 215 milhões esperados em prejuízo anteriormente. Analistas creem, mas não cravam, em cenário-base de que a empresa vai precisar de outro aumento de capital.
Em outro revés, Raphael de Carvalho renunciou, no dia 16 de novembro ao cargo de presidente-executivo. O conselho de administração elegeu Marcos Falcão para substitui-lo.