A JBS (JBSS3), dos irmãos Joesley e Wesley Batista, pleiteia na 2ª Vara de Recuperações e Falências de São Paulo a habilitação de um crédito de R$ 1,1 bilhão na massa falida de Tinto Holding, informou o blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A falência foi decretada pelo mesmo tribunal em 2018, e sua dívida — ainda sem a nova cobrança do frigorífico — beira os R$ 6 bilhões.
A AJ Ruiz Consultoria Empresarial, administradora judicial da massa falida, solicita que o juiz negue o pedido da JBS, e argumenta que foi feito fora do prazo estipulado (que venceu em 2022, segundo a AJ) e que o valor pleiteado não deveria pertencer à massa falida.
Segundo a JBS, o montante refere-se a impostos e indenizações trabalhistas pagos em nome da Tinto, que controlava a Bertin, empresa frigorífica fundida com os negócios dos Batista em 2009.
A JBS alega que assumiu certos débitos da Tinto para garantir a regularidade fiscal de suas operações.
A JBS argumenta que sua relação com a Tinto indicava uma responsabilidade principal sobre as dívidas não pagas.
No entanto, a administradora judicial contesta, e afirma que a responsabilidade era solidária, o que significaria que os débitos seriam compartilhados entre as partes envolvidas.
A fusão entre JBS e Bertin, incluída a Tinto, já era controversa antes deste novo litígio.
Em 2023, a Delloite, que representava também a administração judicial da Tinto, argumentou junto ao Judiciário norte-americano que a transação foi, na verdade, uma aquisição da Bertin pela JBS, não uma fusão.
Neste contexto, a falência da Tinto foi atribuída à JBS, uma vez que a operação envolveu trocas de ações entre JBS e Tinto, cujo valor reduzido teria contribuído para a crise.
As informações são do blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.