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Klabin (KLBN11): compra de ativos da Arauco eleva alavancagem, mas endividamento não passa do limite

Segundo Marcos Ivo, diretor de RI da companhia, geração de caixa e as sinergias levarão alavancagem a um nível muito parecido com o visto antes da aquisição

Fachada Klabin - Reprodução
Fachada Klabin - Reprodução

Com o desembolso dos R$ 5,8 bilhões para a compra de ativos florestais da Arauco no Paraná, a alavancagem financeira da Klabin (KLBN11), medida pela relação entre EBITDA (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e dívida líquida, vai subir em 2024.

A afirmação parte do diretor financeiro e de relações com investidores (RI) da companhia, Marcos Ivo, nesta quinta-feira (21), em teleconferência com analistas.

Segundo ele, ainda assim, a alavancagem não vai romper os limites previstos na política de endividamento.

“Haverá aumento da alavancagem, mas a geração de caixa e as sinergias a levarão rapidamente a um nível muito parecido com o visto antes da aquisição. Em 2026, a aquisição já será desalavancadora”, afirmou.

Serão 150 mil hectares adquiridos das terras da Arauco, dos quais 85 mil hectares de plantio de pinus e eucalipto e 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, em operação que antecipa em alguns anos a meta de autossuficiência da companhia no Estado.

De acordo com o executivo, além dos ganhos já mapeados com redução de capex futuro, potencial monetização de terras produtivas e sinergias, a companhia poderá se beneficiar de um potencial ágio após assumir os ativos, com ganho tributário — que, por conservadorismo, não foi considerado no estudo do negócio.

Ivo destaca que o contrato não prevê fornecimento de madeira para a Arauco e a Klabin poderá iniciar a colheita do insumo na área adquirida logo após o fechamento da transação, previsto para o segundo trimestre de 2024.