A Klabin (KLBN11) anunciou, na última quarta-feira (20), que comprou, por US$ 1,16 bilhão, os ativos florestais da Arauco, concentrados sobretudo no Paraná.
O montante equivalente a R$ 5,8 bilhões ao câmbio atual.
Essa operação é estratégica para os negócios da Klabin no Estado e engloba 150 mil hectares totais, dos quais 85 mil hectares de plantio de pinus e eucalipto, e 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé, garantindo à companhia brasileira autossuficiência em matéria-prima na região, que era um ponto crítico para seus custos de produção ao menos até 2028. Duas das maiores unidades industriais da Klabin, Puma e Monte Alegre, estão instaladas ali.
Do valor total a ser investido, com desembolso previsto para o segundo trimestre do ano que vem após aprovações dos acionistas (AGE) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), serão R$ 3 bilhões à madeira adquirida, conforme preços da consultoria Afry (antiga Pöyry) e R$ 2,8 bilhões à compra das terras propriamente.
Conforme acordado, o preço por hectare a ser pago pela Klabin ficou em torno de R$ 33 mil, na mesma região, no início do ano.
Com isso, para os próximos anos, a companhia planeja os seguintes investimentos:
- 1. Sinergias do Projeto Caetê: a companhia estima ser capaz de capturar sinergias operacionais que resultem na redução do custo caixa total da Klabin em cerca de R$ 350 a R$ 400 milhões por ano entre 2025 e 2028;
- 2. Custo caixa total por tonelada: a Companhia estima um custo caixa total de R$ 3,1 mil/ton em 2024.
Essas estimativas consideram a efetiva implementação do Projeto Caetê, que tem objetivo de reduzir compra de madeira em pé de terceiros, reduzir investimentos em silvicultura e maquinário florestal e redução dos custos logísticos e operacionais relacionados à colheita e transporte de madeira.
"O Projeto Caetê aumentará a competividade de custos da Klabin e reforça sua alocação de capital focada em criação de valor para seus acionistas", afirma a Klabin.