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Klabin (KLBN11): custos pressionam margens, mas valuation permanece atrativo, diz Benndorf

Para o longo prazo, analistas reiteraram a recomendação de compra (preço-alvo de R$ 35,00 em doze meses)

Para a Benndorf Research, a Klabin (KLBN11) reportou um resultado neutro referente ao quarto trimestre de 2022, dado que as expectativas de números abaixo do apurado no período anterior já estavam precificadas.

De acordo com os analistas Victor Benndorf, Niels Tahara e Júlio Borba, a compressão de margens foi o principal destaque no trimestre, decorrente da redução de alavancagem operacional, com menor número de vendas e do aumento de custos e despesas – estes, principalmente, relacionados ao aumento de gastos com pessoal e insumos energéticos e químicos.

Para o longo prazo, analistas reiteraram a recomendação de compra (preço-alvo de R$ 35,00 em doze meses) para as ações da Klabin (KLBN11).

A justificativa se mantém no que eles consideram um valuation atrativo, um ROIC consistentemente elevado e a finalização de seus projetos de crescimento, que irão aumentar sua capacidade produtiva e trazer ainda mais eficiência para uma das empresas que já está entre as mais eficientes do setor no mundo, segundo Benndorf, Tahara e Borba.

Dentre as principais linhas, mencionaram a queda na produção (-4% T/T, -4% A/A), assim como a menor receita líquida, que atingiu R$ 5,1 bilhões (-7% T/T, +11% A/A), decorrente de paradas programadas e estratégicas relacionadas ao cenário pior para a venda de alguns de seus produtos.

Eles destacam o aumento de gastos com pessoal (+8% T/T, +11% A/A) e despesas administrativas (+22% T/T, +18% A/), que refletem a inflação e aumento de funcionários para acompanhar a fase de crescimento da companhia.