Nesta quarta-feira (24), o Bradesco BBI cortou preços-alvo e rebaixou indicações para as ações de Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3).
Klabin (KLBN11): com um preço-alvo de R$ 27,00 por unidade, analistas cortaram a indicação de compra para neutra, mas mantiveram os papéis como o nome preferido entre os ativos do setor, dada a resiliência dos resultados e a menor exposição direta aos preços da celulose.
A empresa também aumenta os projetos de crescimento em 2023, o que deve contribuir para a geração de caixa e para a dinâmica de lucros.
Finalmente, a Klabin também oferece maiores rendimentos em dividendos em relação aos seus pares, cerca de 6 a 7% em 2023 e 2024.
Eles estimam R$ 7,6 bilhões de EBITDA para 2023 (ainda 5% acima do consenso).
As units negociam a um múltiplo EV/EBITDA de 5,8x para 2023, o que gira em torno de dois desvios padrão abaixo de seu múltiplo médio histórico, de cerca de 8,6x, mas mais próximo do justo, considerados os preços de celulose e kraftliner que ainda são modelados acima dos níveis normais em 2023, em média.
Suzano (SUZB3): com um preço-alvo reduzido para R$ 56,00 por ação, o Bradesco BBI rebaixou a recomendação para as ações de Suzano para venda (de compra), pois esperam um cenário de queda no preço da celulose em meio a fundamentos de oferta e demanda mais fracos, o que poderia dificultar uma reavaliação da ação no curto prazo.
Sob a estimativa atual de R$ 22 bilhões de EBITDA para 2023 (ainda 8% acima do consenso), que considera preços médios de celulose de US$ 690/tonelada e a paridade cambial em R$ 5,05, as ações são negociadas a 5,2x o múltiplo EV/EBITDA para 2023, o que gira em torno de um desvio padrão abaixo de seu múltiplo médio histórico, de cerca de 7,0x.
Enquanto continuam a ver um bom valor a longo prazo na Suzano, analistas afirmam ser provável que as ações tenham um desempenho fraco nos próximos 6 a 12 meses.