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Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3): vale a pena investir agora com descasamento de preços de celulose?

Apesar de preocupações de investidores com queda de 29,0% no acumulado do ano, o Itaú BBA aposta que sim!

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O recente descasamento dos preços das ações da Suzano e da Klabin com os preços da celulose em R$ chegou ao radar de analistas do Itaú BBA.

Enquanto o preço da celulose de fibra curta aumentou 50% no acumulado do ano (de US$ 576,00 por tonelada para US$ 864,00 por tonelada), o Real valorizou apenas 3% (para R$ 5,39 pareado ao dólar).

Em paralelo, as ações da Suzano e da Klabin caíram 29,0% no acumulado do ano.

Apesar desta queda estar associada com preocupações dos investidores com possíveis correções nos preços da celulose no curto prazo, analistas afirmam que tal movimento foi parcialmente precificado, e veem um bom ponto de entrada em ambas as ações.

Eles dizem compreender as preocupações dos investidores sobre a compra de empresas de commodities quando o ativo está próximo dos níveis
de pico.

No caso da celulose, muitos investidores estimam uma correção no preço a partir do quarto trimestre. Porém, analistas avaliam que o mercado, de alguma forma, já começou a considerar esse possível reajuste, diante do descasamento que temos entre os preços das ações de Suzano e de Klabin e os preços da celulose.

Assim, acreditam que os atuais níveis das ações apresentam uma assimetria de risco interessante, com um ponto de entrada atraente para ambas as ações.

Em Suzano, o múltiplo de valor de mercado do negócio de celulose em relação à tonelada produzida (Pulp EV/ton), está em US$ 1.640,00 por tonelada, abaixo da média histórica de US$ 2.100,00 por tonelada.

A última vez que este múltiplo atingiu este nível foi em março de 2020 (início da pandemia), quando os preços da celulose estavam em US$ 460,00 a tonelada (contra US$ 860,00 por tonelada atualmente).

Para este número voltar à média (considerado o atual câmbio), o valor da ação SUZB3 deveria estar em R$ 52,00 (valor 25% acima do atual patamar).

Para a Klabin, que possui 70% das vendas de celulose compostas por fibra curta, o Itaú BBA notou que os preços em R$ da fibra longa (que correspondem aos 30% restantes das vendas) aumentaram 21,0% no acumulado do ano, apesar das recentes correções nos preços a partir de agosto e setembro.

Por último, analistas perceberam que a resiliência do negócio de papel e embalagens significa menos volatilidade para os resultados, o que deve traduzir-se também numa menor volatilidade do preço das ações.
 

KLBN11 – COMPRA – Preço-alvo (YE23): R$ 24,00

SUZB3 – COMPRA – Preço-alvo (YE23): R$ 63,00