A Log (LOGG3) registrou lucro líquido de R$ 29,1 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 78% em comparação ao que foi computado no mesmo período de 2022.
A queda reflete uma mudança de estratégia da companhia para este ano, em que vai priorizar a redução de investimentos (CAPEX) para diminuir seu endividamento líquido, estimado em R$ 1,3 bilhão.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização na sigla em inglês) da atividade de locação cresceu 76,1% no comparativo, para R$ 52,9 milhões.
O ticket médio de locação da Log avançou 20,2% na base de comparação anual.
A área bruta locável (ABL) aumentou 11,1%, para 1,17 milhão de metros quadrados entre janeiro e março. A vacância dos imóveis atingiu mínima histórica, em 1,43%, com inadimplência de 0,8% dos contratos.
Em relação à receita líquida consolidada, o resultado foi de R$ 67 milhões, com alta de 76,1% na base de comparação anual. O fluxo de caixa das operações (FFO) avançou 4,8% em um ano, para R$ 31,2 milhões.
Para a XP Investimentos, houve impacto na última categoria em razão de despesas financeiras de R$ 46 milhões.
A alavancagem financeira (relação entre dívida líquida e EBITDA) ficou em 3,1x (2,8x ajustado pelos recebíveis de venda de ativos) vs. 2,1x no quarto trimestre de 2022, impactada pelos investimentos de R$ 156 milhões no trimestre, o que pressionou a estratégia de reciclagem do portfólio.
Dito isso, analistas veem um cenário de maior pressão na estratégia de reciclagem de portfólio, o que avaliam como um divisor de águas na tese de crescimento da Log a longo prazo.
A recomendação neutra foi reiterada, com o preço-alvo de R$ 28,00 – o que implica em um potencial de valorização de 81,82% sobre a cotação atual.