O que aconteceu?

Lucro da Irani (RANI3) recua no 2T; BTG Pactual analisa e ações reagem

Banco observa desafios enfrentados pela companhia durante o período e diz como fica sua recomendação após analise

Lucro da Irani (RANI3) recua no 2T; BTG Pactual analisa e ações reagem

O BTG Pactual avaliou os resultados da Irani (RANI3) no segundo trimestre de 2024 como estáveis, destacando crescimento de volumes e ganhos de participação de mercado, mas enfrentando desafios com o aumento dos custos de papelão reciclado (OCC).

No período, a empresa reportou lucro líquido de R$ 40,0 milhões, queda de 50% na comparação com o mesmo período do ano anterior. 

Apesar disso, o EBITDA (lucro antes juros) da companhia somou R$ 118 milhões, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e ao ano anterior. As remessas totais subiram 8% em relação ao ano passado e 2% em relação ao trimestre anterior, beneficiadas pela expansão da capacidade de produção com o GAIA II e III.

No entanto, o preço do OCC aumentou 23% no Brasil, impactando negativamente os custos da Irani e superando os ganhos relacionados ao programa GAIA.

Dessa forma, o BTG prevê que os custos mais altos de OCC continuarão pressionando as margens da empresa nos próximos trimestres. “A capacidade da Irani de ajustar seus preços para lidar com a inflação de custos será testada”, comenta.

Os preços dos produtos foram amplamente estáveis, com ligeira alta de 1% no papelão ondulado. Entretanto, a receita líquida por tonelada de papelão ondulado caiu 7% em relação ao ano anterior, e o preço do papel diminuiu 8% no mesmo período.

Já os custos de produção por tonelada foram de R$ 2.767, com aumento de 3% em relação ao trimestre anterior e redução de 11% em relação ao ano passado.

A Irani gerou cerca de R$ 100 milhões em Fluxo de Caixa Livre para os Acionistas, resultando em um rendimento anualizado de 19%, beneficiado por um ganho não recorrente. Além disso, a alavancagem da empresa aumentou ligeiramente para 2,2x Dívida Líquida / EBITDA.

Recomendação

O BTG Pactual mantém a recomendação de Compra para as ações da Irani, afirmando que a empresa está em um ponto de inflexão no mercado de papelão ondulado no Brasil.

“Apesar da pressão de custos de curto prazo, o potencial de crescimento da empresa ainda não está totalmente refletido no preço das ações, que estão negociando a 5 vezes EV/EBITDA para 2024”, disse o banco.

Nesta quarta-feira (31), os papeís da companhia operam em queda de 0,46% a R$ 8,62, por volta das 11:00.