
A equipe do USDA em Pequim publicou na quarta-feira (7), pela primeira vez, suas previsões para o setor pecuário da China em 2023. As estimativas apontam que as importações de carne bovina do País cairão 19% no ano que vem.
Essas informações apoiam o consenso cauteloso de Bradesco BBI sobre a demanda do produto e impacta a Minerva (BEEF3), empresa com maior exposição e que aumenta significativamente sua participação nos últimos anos (aproximadamente 35% de sua receita).
Os investidores estão otimistas com o exportador brasileiro e esperam que a demanda continue a aumentar, à medida que o país se torna mais rico e os consumidores adotam novos hábitos alimentares, mas o USDA prevê a queda com base nas seguintes projeções:
i) a China aumenta a produção de carne bovina em 2023 (+4%);
ii) consumidores parcialmente substituem a carne bovina (consumo abaixo de 3% em 2023) por carne suína (aumento de 2%) com preços mais atrativos e ampla oferta; e
iii) um impacto negativo esperado de uma economia mais fraca na China.
Dito isso, os analistas mantêm a estimativa de volume total de exportações do Minerva em queda de 4% em 2023 e preços em dólares em recuo de 3%, dada a visão mais conservadora para a demanda de carne bovina da China, que suporta o EBITDA 8-9% abaixo do consenso para 2023 e 2024.
Analistas se mantêm neutros aos papéis BEEF3, com preço-alvo de R$ 16,00.