Fusão

Mobly assume controle da Tok&Stok e prevê receita de até R$ 135 milhões em 2025

Após mais de um ano de negociações, a Mobly finaliza a compra da Tok&Stok com uma participação de 61,1%

Mobly assume controle da Tok&Stok e prevê receita de até R$ 135 milhões em 2025

Na última sexta-feira (8), a Mobly (MBLY3), rede de móveis e decoração, finalizou a compra da Tok&Stok, marcando o encerramento de uma negociação que durou mais de um ano. 

Em relatório divulgado na segunda-feira (11), a Mobly informou que a aquisição poderá gerar entre R$ 80 milhões e R$ 135 milhões em receita adicional até o final do próximo ano. 

A expectativa de crescimento fez as ações da Mobly subirem 5,13% no fechamento do pregão, alcançando R$ 2,05 por papel.

Detalhes do acordo de compra 

O acordo de compra, que foi anunciado em agosto, garante à Mobly uma participação de 61,1% na Tok&Stok, além de um bônus de subscrição que pode aumentar ainda mais presença na empresa. 

Antes da compra, a SPX, que controlava a Tok&Stok, ficou com apenas 12% dos fundos após o processo de negociação. 

Com o novo arranjo, a Mobly expande seu alcance no setor e assume a operação de cerca de 70 lojas da Tok&Stok em todo o Brasil. Assim, a receita líquida anual combinada subiu para aproximadamente R$ 1,6 bilhão.

Embora o processo de aquisição tenha avançado, o aumento de capital da Mobly ainda está em discussão. 

A empresa poderá atingir 100% do controle da Tok&Stok caso a família Dubrule, que fundou a marca e ainda mantém participação na empresa, concorde em ceder sua parte. 

No entanto, a família Dubrule se posicionou contrária à venda total. 

Desafios judiciais da Tok&Stok

Durante as negociações, a família Dubrule chegou a recorrer à Justiça para tentar barrar a fusão, argumentando que existiriam conflitos de interesse em decisões da SPX, que supervisionou a reestruturação financeira da Tok&Stok. 

No entanto, a Justiça negou o pedido, permitindo que a aquisição pela Mobly prosseguisse.

A situação financeira da Tok&Stok, com uma dívida acumulada de R$ 600 milhões no ano anterior. 

Em meio ao endividamento, a empresa também foi alvo de duas ações de despejo, em Minas Gerais e em São Paulo, e perdeu um parceiro importante de tecnologia, que alegou não ter recebido um pagamento de R$ 3,8 milhões e decretou falência.