
A Mobly (MBLY3) divulgou nesta segunda-feira (10), que recebeu uma nova correspondência de um grupo de investidores interessados em adquirir o controle da companhia. A proposta foi enviada pelos empresários e fundadores da Tok&Stok, Régis Edouard Alain Dubrule, Ghislaine Thérèse de Vaulx Dubrule e Paul Jean Marie Dubrule, que manifestaram a intenção de realizar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).
Os ofertantes pretendem adquirir pelo menos 50% + 1 das ações da empresa, ajustando a proposta conforme eventuais mudanças no capital social da companhia.
O grupo justificou a proposta considerando desafios enfrentados pela Mobly, como endividamento superior a R$ 600 milhões e a ausência de lucro desde o IPO.
Além disso, os investidores solicitaram que a administração da Mobly convoque uma Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre mudanças no estatuto social da empresa, que atualmente inclui cláusulas que dificultam aquisições desse tipo (a chamada Poison Pill).
Segundo os ofertantes, essa alteração estatutária poderá ser aprovada de forma condicionada, garantindo transparência no processo.
Sobretudo, o desfecho da negociação dependerá da aceitação da administração e dos acionistas da Mobly.
Proposta ‘inviável’
Na última quarta-feira (5), a Mobly informou que acionistas responsáveis por 40,6% de seu capital social indicaram não ter interesse em vender suas ações nos termos da proposta da família Dubrule, dificultando a aquisição de 85 milhões de ações ordinárias (69,2% do capital) da empresa.
Isso torna a proposta de compra do controle da Mobly pela família fundadora inviável.
A Mobly já havia anunciado, em agosto do ano passado, a compra do controle da Tok&Stok, com a estimativa de sinergias de R$ 80 milhões a R$ 135 milhões anuais.