Caso se complica

MPF investiga compra de ativos do Banco Master pelo BRB (BSLI3)(BSLI4) por possível crime financeiro, diz Reuters

De acordo com a fonte, a investigação encontra-se em fase de notícia de fato — termo técnico utilizado para classificar a etapa inicial do procedimento investigatório

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Crédito: Divulgação
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O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal abriu, nesta terça-feira (8), uma investigação preliminar para apurar possível prática de crime contra o sistema financeiro nacionalna recente aquisição de ativos do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB)(BSLI3)(BSLI4). A informação foi revelada por uma fonte com conhecimento direto do assunto à agência Reuters.

De acordo com a fonte, a investigação encontra-se em fase de notícia de fato — termo técnico utilizado para classificar a etapa inicial do procedimento investigatório.

Neste estágio, os procuradores têm um prazo de até trinta dias para decidir se arquivam a apuração ou se a transformam em um inquérito criminal formal.

Até o momento, o MPF não divulgou publicamente mais informações sobre o conteúdo ou escopo da apuração. Também não existe confirmação sobre quais fatos específicos motivaram a abertura da investigação, informou a agência.

A aquisição dos ativos do Banco Master pelo BRB foi anunciada no mês passado, mas ainda depende da aprovação do Banco Central para ser concluída. A operação gerou grande repercussão no mercado financeiro, e chegou a impulsionar as ações do BRB (BSLI3)(BSLI4) na semana passada.

No entanto, a negociação também levantou questionamentos sobre a exclusão de cerca de R$ 23,0 bilhões em ativos do Banco Master do acordo.

Esses ativos estariam vinculados a produtos financeiros considerados mais arriscados, associados à estratégia de crescimento agressiva adotada pelo banco.

BRB (BSLI3)(BSLI4) e Banco Master não responderam a Reuters

Procurados pela reportagem, representantes tanto do Banco de Brasília quanto do Banco Master não se pronunciaram até a publicação desta matéria de Reuters.

O BRB (BSLI3)(BSLI4) mantém o Governo do Distrito Federal como acionista majoritário e, por isso, a operação também atrai atenção de órgãos de controle e fiscalização, que observam os possíveis impactos financeiros e jurídicos do negócio.

A Reuters, responsável pela primeira divulgação da apuração, monitora o desenrolar do caso junto às autoridades competentes.