A Multiplan Participações (MPAR) anunciou uma proposta significativa para seus acionistas.
A empresa decidiu oferecer à Multiplan (MULT3) a oportunidade de adquirir 90,04 milhões de ações, nos mesmos termos e condições que foram previamente aceitos pela MPAR em relação a 21,2 milhões de ações.
Controle acionário e intenção de venda
A MPAR e a 1700480 Ontario (Ontario) são os acionistas controladores da Multiplan.
Em junho, a OTPP, que detém 111.260.914 ações ordinárias da Multiplan (MULT3), notificou a MPAR sobre sua intenção de vender a totalidade de suas ações.
Essa participação representa cerca de 18,52% do capital social da empresa, tornando a venda um tema relevante para todos os envolvidos.
Como Multiplan (MULT3) avalia a recompra
Em seu comunicado, a administração da Multiplan ressaltou que, após avaliar a situação, concluiu que a recompra seria benéfica tanto para a companhia quanto para os acionistas.
O preço proposto para a recompra das ações foi definido em R$ 22,21 cada, em reflexo a um desconto implícito de aproximadamente 16,2% em relação à cotação média das ações nos últimos 30 pregões na B3.
Essa diferença de preço torna a oferta ainda mais atrativa para os investidores.
Em que medida os investidores de Multiplan (MULT3) serão impactados?
A Multiplan também enfatizou que, ao implementar a recompra, “todos os acionistas terão sua participação aumentada proporcionalmente em 18,46% (desconsideradas as ações em tesouraria antes e após a operação)”.
Contrato e diretrizes da recompra
O acordo firmado entre a MPAR e a OTPP garante à MPAR o direito de adquirir 21,2 milhões de ações, enquanto a Multiplan (MULT3) possui o direito de adquirir 90,04 milhões de ações, pelo preço mencionado anteriormente.
No entanto, a recompra das ações se sujeita à aprovação prévia dos acionistas em uma assembleia-geral extraordinária (AGE), agendada para o dia 21 de outubro.
Multiplan (MULT3) esclarece procedimentos da recompra
A Multiplan esclareceu que a recompra será realizada em etapas sucessivas, garantindo que a empresa nunca detenha mais de 10% de suas ações em circulação ao mesmo tempo. Essa estratégia visa manter a saúde financeira da companhia e proteger os interesses dos acionistas que optarem por não participar da recompra.