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Neoenergia (NEOE3): alavancagem pressionada inspira cuidados, destaca BTG

Empresa já iniciou o processo de venda de uma participação minoritária nas linhas de transmissão em operação

- Divulgação
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A Neoenergia (NEOE3) apresentou bons resultados no terceiro trimestre, avaliou o BTG Pactual (BPAC11).

No período, o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,35 bilhões, que, quando ajustado pelo VNR (-R$ 298 milhões) e efeitos contábeis IFRS na transmissão (R$ 130 milhões), teria totalizado R$ 2,52 bilhões – 4% acima das projeções do banco (R$ 2,41 bilhões) e 17% de alta ano a ano, graças aos bons números operacionais da operação de distribuição, ao início dos complexos de Oitis e Luzia no trimestre e aos bons resultados da Termope.

Os resultados financeiros foram em linha e foi apurado um ganho fiscal de R$ 678 milhões, devido à incorporação da planta Bahia PCH III pela CEB. O lucro líquido ajustado totalizou R$ 1,55 bilhão (vs. R$ 790 milhões do BTG Pactual).

Para o banco, apesar dos bons resultados operacionais, a alavancagem atingiu 3,13x (vs. 2,96x no segundo trimestre de 2022).

Na avaliação do BTG Pactual, a Neoenergia se aproxima do fim do ciclo de CAPEX dos ativos de geração e transmissão em construção, mas realiza um novo ciclo com os dois blocos conquistados no leilão de transmissão de junho, o que totaliza R$ 5,4 bilhões estimados.

De acordo com a agência de notícias local, a empresa já iniciou o processo de venda de uma participação minoritária nas linhas de transmissão em operação.

O BTG diz gostar da iniciativa de encontrar alternativas de desalavancagem, especialmente com uma venda que possa agregar valor, considerada a competitividade das recentes transações de transmissão (greenfield e brownfield).

A recomendação de compra foi reiterada, com preço-alvo de R$ 30,00 por papel. Às 11:52, as ações NEOE3 subiam 2,44%, a R$ 16,40.