SpaceRecomendações

Nubank (NUBR33): fim de pagamento em ações a Vélez traz maior retorno a acionistas, dizem analistas

O Itaú BBA calcula que a medida pode reduzir as despesas em US$ 356 milhões até 2029 - em US$ 70 milhões apenas no ano que vem

-
-

David Vélez, fundador, presidente do conselho de administração e CEO do Nubank (NUBR33) decidiu encerrar o programa de remuneração variável que visava o recebimento de ações do banco, que poderia lhe render o valor surpreendente de US$ 423 milhões.

O executivo disse que os investidores querem ver resultados e não mais promessa de crescimento, além do cenário macroeconômico desafiador.

Para a Genial Investimentos, o encerramento foi um ponto positivo para a empresa que vai conseguir reduzir seus custos e gerar maior retorno para os investidores.

O Itaú BBA calcula que a medida pode reduzir as despesas em US$ 356 milhões até 2029 – em US$ 70 milhões apenas no ano que vem -, o que impulsiona a previsão de lucro dos analistas do banco de US$ 485 milhões para 2023 em 15%.

Todos os esforços contam no objetivo mais amplo de melhorar a eficiência, pontuam os analistas. O corte de diluição também envia uma mensagem positiva a todos os acionistas, inclusive executivos, de que Vélez pratica o pensamento de parceria, acrescentam.

O CEO passa a receber basicamente um salário fixo até o fim do ano que vem, quando os termos voltarão a ser discutidos.

Analistas dizem que a configuração de incentivos baseados no preço das ações era inadequada e espera que o CEO continue completamente envolvido no Nubank e afirmam não esperar que a mudança gere benefícios fiscais nem para Vélez nem para a empresa. 

O CEO mantém uma participação importante na empresa (USD 4,2 bilhões atualmente). Analistas do Itaú BBA mantêm recomendação underperform, com preço justo de US$ 3,50.