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Oi (OIBR3)(OIBR4): Levante diz não estar segura para recomendar compra após transação com Highline

A companhia, em recuperação judicial, finalizou, na segunda-feira (22), o último processo de venda de ativos dentro da atual reestruturação

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Em relatório publicado nesta terça-feira (23), analistas de research da Levante não se dizem seguros para recomendar a compra de Oi (OIBR3)(OIBR4), mesmo com um valuation aparentemente “descontado”, pelo histórico da empresa.

A companhia, em recuperação judicial, finalizou, na segunda-feira (22), o último processo de venda de ativos dentro da atual reestruturação.

Ela vendeu 8 mil torres de telefonia fixa para a Highline, por R$ 1,8 bilhão, em um leilão sem concorrentes, já que as gestoras de torres American Towers do Brasil e IHS do Brasil, que haviam se inscrito, não compareceram para apresentar ofertas.

Em outra ocasião, a Highline já havia adquirido outras 637 torres e topos de prédio da Oi por R$ 1,1 bilhão.

A venda das torres de telefonia fixa da Oi representa um marco que simboliza o final da sua recuperação judicial, a qual já perdura desde meados de 2016.

Depois de tanto esforço, ela consegue finalmente se desfazer da grande quantidade de ativos que não fariam mais parte do seu core business.

Passado esse processo, a Oi se transforma em uma companhia de venda de fibra e de serviços, com uma participação em uma empresa de infraestrutura (V.Tal).

Entretanto, segundo a Levante, a empresa perdeu a confiança de boa parte do mercado que acreditava em sua recuperação após anunciar a venda do ativo de fibra, denominado InfraCo (e posteriormente V.tal), para o Grupo GloboNet e BTG Pactual.

Analistas pontuam que, em 2020, quando anunciou a separação do segmento de fibra e de serviços, a Oi frisou que o novo core seria a fibra, em um sinal de transformação da Tele em uma companhia de infraestrutura.

Para muitos investidores, o negócio firmado na segunda-feira (22) sinaliza a a última oportunidade para a organização começar a entregar resultados.

Com mais de R$ 30 bilhões de caixa recebidos durante o processo todo, a companhia fica com a sua estrutura de capital melhor equalizada, e depende apenas da melhora operacional para gerar caixa recorrente, e assim permitir investimentos de forma constante.