O Goldman Sachs elevou sua recomendação para as ações de Petrobras (PETR3)(PETR4) de neutra a compra, com elevação dos preços-alvo de R$ 32,30 para R$ 45,10 para os papéis ordinários (ON) e de R$ 29,40 para R$ 41,00 para os papéis preferenciais (PN).
De acordo com os analistas, uma parte do risco político sobre a estatal “já está precificada”, uma vez que creem que a petroleira vai oferecer “um prêmio relevante em relação a outros pares”, com projeções de rendimento de fluxo de caixa livre em 2024 e 2025 de 15%, com base no barril a US$ 70.
Incertezas permanecem, mas Bruno Amorim, Guilherme Costa Martins e João Frizo veem as ações negociadas com uma avaliação pouco exigente.
A política de dividendos deve ser alterada, com anúncio previsto para julho, mas o Goldman Sachs relembra que a alta cúpula da estatal mencionou o pagamento de 25% sobre os lucros como muito baixo.
A Petrobras pretende basear suas políticas no que outras grandes empresas de petróleo fazem. “BP, Shell e TTEF distribuíram cerca de 40% do fluxo de caixa operacional como dividendos e recompras nos últimos anos”, afirmam os analistas.
Eles calculam que, se a Petrobras pagar 40% do caixa operacional em seus próximos anúncios de lucros, cerca de US$ 3,9 bilhões seriam pagos em agosto, com base nos resultados do segundo trimestre, e mais US$ 3,5 bilhões, com base nos números apurados entre julho e setembro, no mês de outubro.