Em relatório divulgado nesta quarta-feira (22), analistas do BTG Pactual reafirmaram sua recomendação de compra para a Petrobras (PETR3)(PETR4), antecipando o lançamento iminente de um novo plano estratégico de cinco anos pela empresa.
Apesar do reconhecimento de que a projeção atual de gastos de capital para os próximos cinco anos possa parecer conservadora, o BTG mantém sua recomendação de compra para a Petrobras. Os analistas acreditam que o novo plano de investimento não prejudicará a capacidade da empresa de distribuir dividendos substanciais no futuro, consolidando sua história de resultados atrativos.
A análise do BTG pondera sobre o dilema de fusões e aquisições (M&A), sugerindo que o novo plano estratégico poderia ultrapassar os US$ 100 bilhões nos próximos cinco anos, potencialmente incorporando investimentos em crescimento inorgânico. Enquanto a previsão do BTG situa-se em torno de US$ 86 bilhões, excluindo atividades de M&A, especula-se que se o plano divulgado se aproximar ou ultrapassar os US$ 100 bilhões, as reações do mercado podem variar.
O relatório ressalta o histórico da Petrobras em investimentos abaixo das projeções estabelecidas. Nos últimos seis anos, a empresa tem consistentemente ficado aquém de suas projeções de gastos de capital em média de 25%. Isso é atribuído, em parte, à escala considerável e à natureza intensiva de capital de muitos projetos de Exploração e Produção (E&P), que frequentemente enfrentam atrasos externos.
Além disso, a análise do BTG considera que o modelo atual é conservador em termos de produção de petróleo e margens de refino. Estes fatores podem contribuir para uma geração mais robusta de fluxo de caixa livre pela empresa e distribuição orgânica de dividendos.
Embora reconhecendo os riscos aumentados devido a recentes propostas de mudanças, incluindo a criação de uma reserva de capital, os analistas reiteram a recomendação de compra para a Petrobras. Apesar das incertezas, acreditam que mecanismos de defesa existentes na empresa prevalecerão e influenciarão a alocação de capital para empreendimentos lucrativos.