Em relatório publicado na última segunda-feira (27), analistas da Genial Investimentos concluíram sua análise da recente apresentação da Petrobras (PETR3)(PETR4), mantendo a recomendação de manter para os investidores, estipulando um preço-alvo de R$35.
A visão geral da análise foi positiva, destacando elementos favoráveis à tese da companhia, embora tenham apontado questões importantes que exigem cautela.
Dentre os aspectos positivos da apresentação, os especialistas ressaltaram a clareza nas projeções de rentabilidade dos projetos em diferentes setores de atuação da Petrobras – a transparência foi considerada um ponto forte, juntamente com o compromisso da empresa com práticas de governança alinhadas às normas das S.A.
Além disso, os detalhes fornecidos sobre planos de investimentos, aquisições e expansão nos projetos voltados para a economia verde foram vistos como promissores.
No entanto, os analistas identificaram áreas de atenção crítica, tendo como um dos pontos principais o montante de US$11 bilhões em investimentos considerados "inativos", ainda não contabilizados no fluxo de caixa da Petrobras.
Os recursos têm a finalidade, principalmente, de financiar aquisições nos segmentos de energias renováveis, refino e petroquímica, incluindo a possível aquisição da Braskem (BRKM5).
A incerteza sobre a conclusão dessas aquisições, seja em parceria com a ADNOC ou de maneira independente, foi apontada como um fator de preocupação.
Além disso, a equipe da Genial demonstrou ceticismo em relação aos termos apresentados pela Petrobras para a aquisição de energias renováveis, expressando a falta de detalhes específicos sobre o assunto como uma fonte adicional de preocupação.
Apesar das preocupações levantadas, a recomendação dos analistas da Genial Investimentos permanece em manter, respaldada pelo documento anterior sobre o Plano de Investimentos da Petrobras, onde a empresa foi observada negociando a 2,9x EV/EBITDA 24E.
Os analistas projetam um fluxo de caixa livre de 16% para o mesmo ano, juntamente com um rendimento em dividendo esperado de 8,4%. No entanto, a análise ressalta a baixa margem de segurança para uma recomendação mais agressiva no papel.