A Petrobras (PETR3)(PETR4) anunciou que espera obter a licença ambiental necessária para a perfuração de um poço de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas até o fim do primeiro trimestre de 2025.
As informações são do repórter Fábio Couto para o jornal Valor Econômico e foram divulgadas por Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da companhia, durante a assinatura de um convênio estratégico no Rio de Janeiro (RJ).
De acordo com a executiva, a última pendência ambiental vai ser solucionada com a construção do Centro de Resgate e Despetrolização de Animais no Oiapoque, localizado no extremo norte do Amapá. “As obras devem ser finalizadas em fevereiro“, afirmou.
Ela explicou que a conclusão desse centro vai atender integralmente aos requisitos estabelecidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Como andam os preparativos da sonda de Petrobras (PETR4) para a perfuração?
Enquanto aguarda a liberação da licença, a Petrobras (PETR3)(PETR4) já prepara a logística para iniciar a operação no bloco FZA-M-59, localizado a aproximadamente 180 quilômetros da costa do Amapá (AP).
A diretora informou que a sonda de perfuração vai passar por um processo de limpeza do casco antes de ser deslocada para a região, um procedimento que deve levar cerca de dois meses.
“Aguardamos essa licença há dez anos. Desistir, jamais. Temos ampla certeza das operações que fazemos“, enfatizou Sylvia dos Anjos.
A importância da Margem Equatorial
Sylvia também destacou a relevância estratégica da Margem Equatorial, onde a Petrobras busca expandir suas operações. “Trava-se uma luta importante para desenvolver essa nova fronteira de produção”, afirmou.
Para ela, seria garantir reservas de petróleo para evitar uma futura dependência da importação de petróleo bruto.
Demais operações de Petrobras (PETR4)
Ainda durante o evento, Dos Anjos anunciou que o navio-plataforma FPSO Almirante Tamandaré deve entrar em operação nos próximos dias no campo de Búzios, na Bacia de Santos.
A unidade vai ser a maior plataforma da Petrobras em operação, com capacidade para produzir 225.000 barris de petróleo por dia e processar 12.000.000 de metros cúbicos diários de gás natural.
Convênio com o Serviço Geológico Brasileiro
Outro destaque foi o anúncio de um convênio de cooperação tecnológica entre a Petrobras e o Serviço Geológico Brasileiro (SGB).
O acordo prevê a construção de um centro científico e cultural no bairro da Urca, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Esse novo centro, que inclui a revitalização do Museu de Ciências da Terra e a criação de laboratórios de isotopia e geocronologia, calcula investimentos estimados em R$ 271.000.000.
O Serviço visa fomentar pesquisas em minerais críticos, como nióbio e lítio, essenciais para tecnologias de transição energética, como baterias para veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia.
Durante a cerimônia, o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo, anunciou que a empresa espanhola Excalibur venceu uma licitação para o mapeamento de potenciais minerais no Brasil.
O contrato, que vai ser assinado entre março e abril, vai utilizar tecnologia de dados aerogeofísicos para realizar leituras detalhadas do subsolo brasileiro.