A Petrobras (PETR4) deu um importante passo para a expansão de suas operações com o início dos procedimentos para a entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Itaboraí, o antigo Comperj.
A petroleira informou o mercado financeiro oficialmente em comunicado publicado nesta quarta-feira (11), em documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Localizada na região metropolitana do Rio de Janeiro, a maior unidade de processamento de gás natural do Brasil, conseguiu autorização para operação industrial da planta pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) no dia 9 de setembro.
Dezesseis anos e US$ 14 bilhões em prejuízos após o início das obras, a Petrobras concluiu o que sobrou do ativo, agora rebatizado com o nome de Polo GasLub Itaboraí.
Está prevista para sexta-feira, 13 de setembro, uma conferência de apresentação, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Projeto Integrado Rota
A UPGN de Itaboraí faz parte do Projeto Integrado Rota (PIR3), um empreendimento estratégico para a Petrobras.
Este projeto visa aumentar significativamente a oferta de gás natural no mercado brasileiro e garantir maior rentabilidade para a companhia.
De acordo com o comunicado da Petrobras, o projeto vai possibilitar o aumento da oferta de gás natural ao mercado brasileiro, com rentabilidade para a companhia.
Operações comerciais
Embora a unidade tenha iniciado suas atividades, o gás ainda não está disponível para o mercado. O início das operações comerciais está previsto para a primeira quinzena de outubro.
Capacidade de processamento
A UPGN possui a capacidade de processar até 21.000.000 de metros cúbicos de gás natural por dia e o PIR3 vai permitir o escoamento de até 18.000.000 de metros cúbicos diários.
Esta infraestrutura vai contribuir para a redução da dependência do Brasil em relação às importações de gás.
Projetos no Complexo Industrial de Itaboraí
Além da UPGN e do gasoduto Rota 3, a Petrobras desenvolve projetos adicionais no complexo industrial de Itaboraí.
Entre os projetos em andamento estão duas termelétricas a gás, que participarão dos leilões previstos para o setor elétrico.
A Petrobras também planeja construir novas unidades de refino na região para a produção de combustíveis e lubrificantes.
Capacidade de produção futura das unidades de refino
Após a conclusão das obras em todo o complexo, a capacidade de produção estimada vai ser significativa.
As novas unidades de refino terão a capacidade de produzir aproximadamente 12 mil barris por dia (BPD) de óleos lubrificantes de Grupo II, 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil BPD de querosene de aviação (QAV-1).
Esses números refletem a ambição da Petrobras de expandir sua presença no mercado de refino e atender à demanda crescente por produtos energéticos no Brasil.