A PRIO (PRIO3) divulgou, na última terça-feira (3), seus dados de produção referentes ao mês de agosto. Nesse período, a petroleira teve uma produção de cerca de 71,7 mil barris por dia (kbpd), um aumento de aproximadamente 6% em relação ao mês anterior.
Além disso, os offtakes totalizaram 954 mil barris, uma queda de 48% mês a mês e inferior à produção de 2,2 milhões de barris.
Apesar da produção exibir um aumento, o nível ficou abaixo das estimativas da XP Investimentos, que esperava cerca de 86 kbpd.
Regis Cardoso e Helena Kelm, analistas da casa, apontam uma visão negativa para a PRIO.
“A expectativa era de uma recuperação significativa após a parada de manutenção em Albacora Leste (ABL), que incluiu a adição de dois novos poços. No entanto, a produção viveu impacto devido a problemas como uma parada de manutenção na torre de amina em Frade e uma falha no compressor de gás na ABL, com a previsão de conclusão dos reparos na primeira semana de setembro”, destaca a dupla.
Os ativos cluster Polvo & TBMT também enfrentou dificuldades, com poços parados e a necessidade de aprovação do IBAMA para iniciar operações de workover.
Recentemente, a PRIO anunciou que o poço TBMT-8H iniciou workover e deve retomar a produção em setembro, mas outros poços ainda aguardam aprovação.
“Os dados divulgados podem ter sido parcialmente antecipados pelos dados da ANP, o que pode ter influenciado a reação do mercado, com um desempenho negativo de cerca de 4% nas ações da PRIO”, comenta a XP.
Nesta quarta-feira (4), os papéis da empresa sobem 0,47%, cotados a R$ 44,50, por volta das 10:55.