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Petrobras (PETR4) deve render R$ 14,6 bi em dividendos em 2025: BTG Pactual analisa

A projeção transmite uma mensagem positiva aos investidores, dado o ruído sobre a distribuição de proventos e a gestão da empresa

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Governo espera R$ 14,6 bilhões em dividendos da Petrobras em 2025 | Divulgação/Petrobras

O governo federal espera que a Petrobras (PETR3; PETR4) atinja R$ 14,6 bilhões em dividendos no próximo ano. As informações constam do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025.

A estimativa sugere uma distribuição ordinária de dividendos 7% acima da projeção do BTG Pactual, com um rendimento de dividendos (DY na sigla em inglês) de 10%.

Para o banco, embora os dividendos implícitos não sejam significativamente mais altos do que a estimativa dos analistas, o ponto positivo do anúncio reside mais na mensagem que ele transmite do que no tamanho da distribuição em si.

Isso porque, nos últimos meses, houve um ruído considerável em torno desse tema. Portanto, mesmo que não houvesse grandes riscos associados à distribuição ordinária, sua inclusão no orçamento ajuda a reduzir o risco percebido, reiterando também a racionalidade do Ministério da Fazenda, segundo o BTG.

Dividendos extraordinários a caminho?

Para os analistas do banco, as projeções incluídas nas propostas orçamentárias anteriores têm subestimado consistentemente os pagamentos reais das estatais. Entre 2021 e 2024, a Petrobras sozinha superou a previsão total do governo para todas as estatais.

Durante a coletiva de imprensa do PLOA, o governo reconheceu que revisões ainda podem ocorrer e que optaram por adotar um cenário conservador. O modelo do BTG antecipa um saldo de caixa final de US$ 10 bilhões no final de 2025, apoiado por um capex (despesa de capital) de cerca de US$ 19 bilhões em 2025.

“Vemos um potencial sólido para nossas estimativas de capex serem revisadas para baixo, o que, combinado com uma possível disposição de reduzir o saldo de caixa para cerca de US$ 8 bilhões, poderia justificar ainda mais pagamentos superiores aos 10% mencionados anteriormente”, escreveram os analistas Henrique Pérez, Pedro Soares e Thiago Duarte.

A equipe reitera a recomendação de compra nos ADRs da empresa na bolsa de Nova York, sob o código de negociação PBR, com preço-alvo de US$ 19,00 em doze meses.

Nesta quinta-feira (05), por volta de 14:51 (horário de brasília), os ADRs subiam 0,27%, cotados a US$ 15,05.