A Moove, uma subsidiária do holding Cosan (CSAN3), decidiu adiar a precificação de sua oferta pública inicial (IPO), que estava agendada para ocorrer nesta quarta-feira, 9 de outubro.
O anúncio foi feito por meio de um comunicado encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que informou que a empresa não prosseguiu com a operação devido a “condições adversas de mercado”.
Moove enfrenta desafios
De acordo com informações da imprensa especializada, a Moove enfrentou dificuldades em atrair investidores “long only” para seu livro de ofertas.
Apesar de ter registrado uma demanda que duplicava o volume inicialmente planejado para a operação, a empresa não conseguiu concretizar o IPO nos termos que queria.
A Moove teria a intenção de retomar a oferta dentro de um ano.
O principal obstáculo que impediu a transação, de acordo com a imprensa, foi o chamado “risco Brasil”, que inclui questões fiscais e preocupações que começaram a ser levantadas pelos investidores e gerou um clima de incerteza.
Metas de avaliação da Moove
A Moove, que se prepara para ser listada na Bolsa de Nova York (NYSE, na sigla em inglês), havia definido uma meta de avaliação de US$ 1,94 bilhão.
O braço de lubrificantes da Cosan (CSAN3), juntamente com alguns de seus atuais acionistas, lançou uma oferta que envolve a emissão de 25 milhões de ações.
A empresa buscava levantar um total de até US$ 437,5 milhões, com o preço das ações entre US$ 14,50 e US$ 17,50.
Seca de IPOs
Esse IPO da Moove seria o primeiro de uma companhia brasileira desde 2021, quando o Nubank (BVMF:ROXO34)(NYSE:NU) realizou sua estreia oficial na bolsa norte-americana, no que foi um importante retorno do mercado de ofertas públicas iniciais para o Brasil.
A expectativa em torno da Moove era alta, dada a sua posição no mercado de lubrificantes e a reputação da Cosan (CSAN3) como um grande player no setor.