A Oncoclínicas, uma rede de clínicas de tratamento contra o câncer, protocolou pedido de registro para realizar oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O prospecto preliminar da companhia foi protocolado no site da autarquia na última segunda-feira (7).
A empresa se define como "líder no mercado brasileiro de oncologia clínica privada que se diferencia pela excelência no cuidado com o paciente" e que busca "liderar a transformação do tratamento oncológico no Brasil por meio do foco na visão holística do paciente, buscando garantir a melhor experiência de tratamento individualizado e multidisciplinar em uma cadeia oncológica integrada, desde a prevenção, passando pelo diagnóstico e tratamentos específicos, até os cuidados continuados".
As atividades da Oncoclínicas se iniciaram no ano de 2010, em Belo Horizonte (MG). A rede possui 69 unidades, inclusos laboratórios e clínicas presentes em 20 cidades do país e um laboratório de bioinformática nos Estados Unidos.
De 2016 a 2020, a companhia obteve um crescimento médio orgânico de 27% ao ano, e de 35% ao ano se consideradas as operações de fusões e aquisições. No período, 17 unidades clínicas foram adquiridas.
A empresa diz ter relacionamentos de longo prazo com operadoras de saúde e a indústria farmacêutica (28 parcerias e patrocínios ativos com farmacêuticas), o que permite disponibilizar tecnologias de ponta e a preços menores.
De janeiro a março deste ano, a companhia reportou receita líquida de R$ 614.552,00 ante R$ 453.359,00 obtidos no mesmo intervalo em 2020.
No primeiro trimestre de 2021, o lucro bruto foi de R$ 194.770,00 – uma alta em comparação com os R$ 127.247,00 reportados nos três primeiros meses do ano passado.
Já o EBITDA Ajustado foi de R$ 106.557,00 no primeiro trimestre deste ano ante R$ 49.274,00 registrados no mesmo período em 2020.
Coordenam a oferta Goldman Sachs (GS) – controlador indireto da companhia -, Itaú BBA, Citi, UBS-BB, Santander (SANB11) e JPMorgan. Fundos de investimento Josephina, que possuem mais de 90% da Oncoclínicas, também venderão uma fatia no negócio.