Investing.com – O primeiro trimestre da Raia Drogasil (SA:RADL3) não trouxe nenhuma surpresa para o Goldman Sachs (NYSE:GS), segundo relatório da instituição, que já previa os efeitos da inflação e digitalização da rede de farmácias. O banco aponta que a empresa está bem posicionada no mercado e que historicamente tende a crescer em cenários econômicos como o atual.
Às 16h34, as ações da Raia Drogasil subiam 0,30%, a R$ 20,18.
O lucro atribuído aos controladores foi de R$ 140,6 milhões no 1T22, uma queda anual de 19,3%, enquanto a receita líquida avançou 16,8%, para R$ 6,56 bilhões.
O Ebitda da Raia Drogasil foi de R$ 401 milhões, uma queda de 7,2% na comparação anual. Para o Goldman Sachs, isso já era esperado e é um resultado compreensível por causa da dinâmica que a companhia apresenta entre as pressões inflacionárias e os investimentos em projetos de digitalização.
A presença digital da Raia Drogasil chegou a 10% e também houve uma maior fidelização dos clientes, que gastaram entre 20% a 25% a mais quando passaram a usar o omnichannel.
Os preços regulatórios de remédios tiveram um reajuste de quase 11% no começo de abril e, de acordo com o Goldman Sachs, isso deve fazer com que a relação entre investimentos e inflação da Raia Drogasil seja revertida no próximo trimestre, oferecendo suporte para a alavancagem da empresa.
O Goldman Sachs destaca que a Raia Drogasil se beneficia de atuar em um segmento que apresenta um perfil de demanda relativamente inelástico e oferece um histórico consistente de ganhos de participação de mercado mesmo em momentos de atividade econômica moderada.
Assim, o banco mantém a sua recomendação de compra das ações da Raia Drogasil, com preço-alvo em R$ 32.