As ações da Raízen (RAIZ4) registraram queda superior a 4,5% nesta terça-feira (21) e atingiu o patamar de R$ 1,84. Essa é a segunda sessão consecutiva de baixa e mínimas históricas.
A empresa, que é a maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, enfrenta uma combinação de resultados trimestrais abaixo das expectativas e um cenário macroeconômico desafiador.
Resultados e projeções revisadas
Na última sexta-feira (17), a Raízen divulgou números operacionais para o trimestre, que não corresponderam às expectativas dos analistas.
A empresa também anunciou a descontinuação das projeções financeiras para o ano-safra 2024/25. Assim, esses dados trouxeram maior incerteza entre os investidores.
Os analistas do Santander reagiram à divulgação reduzindo o preço-alvo das ações de R$ 2,90 para R$ 2,40.
Em nota, destacaram que os volumes de moagem de cana ficaram abaixo do esperado, o que deve impactar negativamente os resultados futuros.
Ambiente macroeconômico desfavorável para Raízen
Além dos desafios operacionais, a Raízen enfrenta condições de mercado adversas. De acordo com o relatório do Santander, o aumento das taxas de juros, preços do açúcar mais baixos em dólares e a expectativa de inflação mais alta contribuem para um cenário de pressão sobre as ações.
Do mesmo modo, na sessão anterior, as ações já haviam caído mais de 5%.
Desinvestimento da Norges Bank
Ainda mais, outro fator que intensificou a pressão sobre os papéis da Raízen foi o anúncio de que o Norges Bank reduziu sua participação acionária na companhia para 4,9%, com 67,9 milhões de ações.
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Além disso, em dezembro de 2024, o banco norueguês havia elevado sua fatia para acima de 5%.
Ações da Raízen
Por volta das 16:53, os papéis da Raízen caiam 3,11%, a R$ 1,87.