Situação preocupante

Raízen (RAIZ4) enfrenta endividamento recorde

A relação entre a dívida bruta e o patrimônio líquido da empresa chegou a 317,04% no quarto trimestre de 2024

Raízen
Divulgação/reprodução

A Raízen (RAIZ4), braço da Cosan (CSAN3) no setor de açúcar e etanol, registrou seu maior nível de endividamento desde sua abertura de capital em 2021. De acordo com um levantamento da Elos Ayta Consultoria publicado pela coluna Painel S.A., do jornal Folha de S.Paulo, a relação entre a dívida bruta e o patrimônio líquido da empresa chegou a 317,04% no quarto trimestre de 2024.

A dívida bruta da companhia alcançou R$ 64,70 bilhões, enquanto a dívida líquida foi de R$ 54,8 bilhões. A Cosan (CSAN3), controladora da Raízen (RAIZ4), reportou um prejuízo de R$ 9,4 bilhões em 2024, em parte atribuído ao desempenho da subsidiária.

Na reportagem, analistas alertam para o crescimento perigoso da dívida de curto prazo, que supera o caixa disponível da companhia. A Raízen (RAIZ4) tem buscado reduzir sua alavancagem e avalia a venda de ativos como alternativa. No entanto, parte de seus bens tem sido considerada difícil de negociar no mercado.

As ações da companhia estão em um dos menores valores históricos, cotadas a R$ 1,74. No mês passado, os papéis atingiram R$ 1,65, menor valor desde a estreia na Bolsa. Apenas em 2024, a empresa perdeu R$ 529,90 milhões em valor de mercado.