Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – No seu Investor Day, a Raízen (SA:RAIZ4) reiterou o seu plano estratégico baseado na otimização de sua plataforma integrada de energia, desde a produção até a distribuição.
O Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) afirma que a empresa está focada no seu crescimento e na melhora das suas margens e para isso, está traçando um plano viável.
Dessa forma, o BofA mantém a sua recomendação de compra das ações da Raízen, com preço-alvo em R$ 11.
O BofA aponta que o ROACE (Retorno sobre o Capital Médio Empregado) é a principal métrica que impulsiona as decisões de negócios da Raízen. O indicador atingiu 13% em 2021/22 e há espaço para melhorias em todos os setores, segundo o banco.
A Raízen planeja chegar a 83 toneladas de cana por hectare (TCH) na sua produção de açúcar até 2025/26, acima dos 71 TCH obtidos em 2020/21. Para isso a empresa está renovando 20% do seu canavial. Como resultado, o BofA explica que isso pode fazer com que a moagem aumente em quase 20 milhões de toneladas no longo prazo para 97 milhões de toneladas.
A perspectiva de E2G continua muito brilhante, na visão do banco e a empresa tem espaço para acelerar os planos de crescimento. A empresa tem como meta 20 fábricas até 2030, mas como ela desafogou alguns fornecedores, agora pode construir sete fábricas por ano.
O BofA acredita que existem alguns riscos para a companhia conseguir fazer isso, mas também estima que três novas plantas por ano em vez de duas é viável e há demanda para isso, incluindo para SAF (Sustainable Aviation Fuel).
Outro ponto destacado pelo BofA sobre os anúncios da Raízen é o foco em melhorar os seus retornos da distribuição. O objetivo é otimizar não apenas as margens unitárias, mas também na gestão do capital de giro e na estratégia de fornecimento.
As importações devem continuar a fazer parte da estratégia de abastecimento da companhia, que continuará fazendo hedge para limitar a volatilidade, principalmente do diesel.
Às 15h24, as ações da Raízen subiam 5,24%, a R$ 6,23.