Analistas do BTG Pactual (BPAC11) realizaram um encontro com executivos da Suzano (SUZB3), entre eles Leonardo Grimaldi, diretor executivo de Marketing e Recursos Humanos.
Na ocasião, representantes do banco ficaram surpresos com a mensagem construtiva compartilhada pela companhia, apesar do recente fluxo de notícias negativas para os mercados de celulose.
Os mercados de madeira dura (HW) permanecem apertados e a visibilidade da Suzano para os próximos dois-três meses suporta condições de mercado amplamente estáveis, diz a empresa.
Ao BTG ficou a percepção de que os investidores esperavam uma correção iminente dos preços de HW, então o tom otimista surpreende.
Analistas, agora, se perguntam: quantos mais surpresas positivas serão necessárias para elevar o sentimento dos investidores? Por quanto tempo essa enorme dissociação dos fundamentos permanece?
Apesar disso, reiteram recomendação de compra em Suzano (SUZB3), ao preço-alvo de R$ 85,00 em doze meses, à medida que continuam a acreditar que os preços das ações descontam uma curva irreal de celulose em torno de US$ 500/TE e veem valor substancial em seus projetos de crescimento (atualmente não precificados pelo mercado).
As ações estão negociadas agora a um mínimo de vários anos de 4x EV/EBITDA 22 (próximo de 5x EBITDA 23), que implica em aproximadamente US$ 500/TON.