Em publicação divulgada na terça-feira (30), a Órama Investimentos analisou o desempenho das ações de Suzano (SUZB3). No material, foi destacada a geração de caixa recorde informada pela companhia.
O preço médio de venda atingiu o patamar de US$ 725, recorde desde 2018.
Aliado com os aumentos de produção e vendas, o alto preço da celulose internacional resultou na maior receita trimestral da companhia, R$ 11,5 bilhões.
As altas nos preços das commodities também impactam fortemente os custos da Suzano, que fechou o trimestre com um custo caixa na casa dos R$ 854 por tonelada – desconsideradas as paradas para manutenção.
Mesmo com o aumento de 26% no custo, a Suzano atingiu seu maior patamar de lucro operacional (EBITDA), com R$ 6,3 bilhões na rubrica.
O endividamento líquido da companhia aumentou em R$ 5 bilhões, e encerrou o trimestre na casa dos R$ 55 bilhões.
O indicador de alavancagem Dívida Líquida/EBITDA se manteve no patamar de 2,3x – considerado baixo, puxado pelos fortíssimos números de EBITDA atingidos nos últimos trimestres.
Nos investimentos, a Suzano segue em linha com o cronograma estipulado para o projeto Cerrado – uma nova planta que vai custar R$ 20 bilhões e deve aumentar a capacidade de produção da companhia em 2,55 milhões de toneladas anuais, 25% do total vendido nos últimos doze meses.
Analistas veem a Suzano (SUZB3) como um excelente player defensivo, com múltiplos atrativos, ampla geração de caixa e um programa de investimentos bastante robusto.
Por isso, reiteram a recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 64,50 em doze meses.