A Suzano (SUZB3), maior produtora mundial de celulose de fibra curta, pode ser favorecida pela possível aplicação de uma sobretaxa de 25% aos produtos de exportação do Canadá, como anunciado pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.
A medida pode aumentar a competitividade da Suzano no gigante norte-americano, especialmente no mercado de celulose de fibra curta.
O presidente-executivo da Suzano, Beto Abreu, destacou que o Canadá exporta cerca de 4,5 milhões de toneladas de celulose de fibra longa para os EUA anualmente.
“Se houver alguma taxação específica para a celulose vinda do Canadá, isso favorece ainda mais nossa competitividade na fibra curta”, afirmou Abreu. O executivo sugeriu que isso pode gerar “incentivo para movimentos (aumentos) de preço no futuro”.
Em janeiro deste ano, a Suzano (SUZB3) já havia aumentado os preços da tonelada de celulose para os EUA em US$ 100, e outro reajuste de US$ 60 foi anunciado para fevereiro.
Abreu comentou ainda que, caso os EUA apliquem sobretaxas sobre a fibra longa, como a que vem do Canadá, isso pode gerar uma pressão inflacionária nos preços. A medida afetaria diretamente os consumidores norte-americanos.
Ele acredita que, dada a situação econômica nos EUA, taxar a celulose de fibra curta não seria uma estratégia viável para o governo dos EUA.