Laudo de necropsia apontou que a universitária Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, que morreu após passar mal no primeiro show de Taylor Swift, no Rio de Janeiro (RJ), teve exaustão térmica causada pelo calor. O evento aconteceu no dia 17 de novembro e foi organizado pela T4F (SHOW3).
Na ocasião, a cidade enfrentava uma onda de calor extremo, com temperatura acima dos 40ºC.
No Estádio Nilton Santos, o Engenhão, o show contou um público de aproximadamente 60 mil pessoas. Ana Clara teve uma parada cardiorrespiratória e chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.
O perito concluiu que a jovem estava exposta ao calor difuso — ou seja, que havia calor extremo no ambiente —; que a exposição foi indireta; que a fonte do calor foi o sol; que a evolução clínica aponta exaustão térmica com quadro de choque cardiovascular e comprometimento grave dos pulmões, evoluindo para morte súbita.
O documento diz ainda que a jovem morreu por hemorragia alveolar, ou seja, houve rompimento dos vasos sanguíneos que irrigam os pulmões, e congestão polivisceral, que significa a paralisação de vários órgãos por exposição difusa ao calor.
Fãs criticaram a organização do evento por impedir o acesso do público com garrafas d'água. A própria cantora chegou a pausar o show para pedir ajuda para os fãs após perceber que pessoas passavam mal na plateia.
Segundo a amiga Daniele Menin, a jovem desmaiou durante a música Cruel Summer, a segunda do repertório de Taylor.
"Na segunda música ela simplesmente desmaiou. Aí tiramos ela com ajuda dos seguranças e corremos pro postinho de apoio no estádio. Eles atenderam ela e encaminharam pra ambulância", lembra Daniele.