Em relatório publicado na sexta-feira (7), o Bradesco BBI alterou a recomendação para Isa Cteep (TRPL4), de neutra para venda, com a justificativa de que os riscos relevantes de curto prazo não estavam totalmente refletidos na avaliação.
Em um cenário-base, a Isa Cteep negocia a TIR real de 8,2%, em linha com a Alupar. Com base na orientação de pagamento da companhia, estimam seu dividend yield em apenas 5%-6% em 2022-2023 – de 75% do lucro líquido regulatório, de acordo com indicações da empresa.
Analistas se preocupam que os investidores (principalmente pessoa física) que procuram renda possam ficar muito desapontados.
No material, o Bradesco BBI diz que, em 2023-2024, o Brasil vai leiloar projetos de novos ativos de transmissão com R$ 50 bilhões em investimentos.
Como o EBITDA da CTEEP vai cair cerca de 25% em 2029 (após a conclusão do pagamento da RBSE), pode ser que a empresa possa seguir uma estratégia mais agressiva nos próximos anos, acreditam os analistas.
Historicamente, a Isa Cteep (TRPL4) tinha boa disciplina de capital, mas os projetos vencidos no leilão de junho tinham uma TIR pequena de aproximadamente 7,7%, alega o Bradesco BBI. Em um cenário-base, o Bradesco BBI não assume nenhum investimento além do que já foi ganho em leilões anteriores.
Por fim, um dos principais ativos da Isa Cteep (37% da receita consolidada) passa por sua revisão periódica em 2023, que implica em algum risco de queda de receita, o que o mercado não espera, a ver do Bradesco BBI.
O novo preço-alvo passa para R$ 27,00 por ação (anteriormente em R$ 28,00).