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Tim (TIMS3) ainda está atrativa, mas dividendos devem cair em 2023. Devo comprar?

Analistas ponderam sobre o otimismo para os papéis, com um cenário mais desafiador à frente

Na próxima quinta-feira (9), a Tim (TIMS3) divulga seu balanço referente ao quarto trimestre de 2022. A Genial Investimentos espera que o conjunto de resultados traga números sólidos, com a contínua adaptação operacional em relação a base de clientes vinda da aquisição da Oi Móvel.

Mas os analistas Iago Souza e Igor Guedes ponderam sobre o otimismo e dizem entender que se consolida para este ano um cenário mais desafiador, o que deve erguer mais barreiras para a tendência de crescimento em receita e principalmente margem vista nos últimos anos para a operadora.

Ao incorporar um cenário com manutenção da taxa de juros no patamar atual, Guedes e Souza projetam a alavancagem da TIM em 1,3x dívida líq./EBITDA 2023E vs. 0,7x da média histórica.

Os cálculos implicam em uma projeção para a Telecom aproximadamente 2x mais endividada que o habitual ao longo deste ano, o que deve levar a uma redução do dividend yield (DY) para 5,5%.

Mas, para 2024, os analistas dizem crer em uma redução mais significativa da alavancagem para 0,9x 2024E, mediante ao cronograma de amortizações que a empresa vai realizar ao longo desse ano e, consequentemente, melhorar também a posição de caixa no médio prazo.

Alguns eventos recentes trouxeram uma necessidade de capital momentânea. São eles:

  • – i) a aquisição da Oi Móvel, na qual a Tim desembolsou R$ 7,3 bilhões por aproximadamente 40% da base de clientes, apesar de buscar um reajuste em menos R$ 769 milhões que ainda está em andamento;
  • – ii) a concessão para a utilização da faixa de frequência 5G, que gasta pouco acima de R$ 1 bilhão no leilão, além de um CAPEX adicional para a realização dos projetos de infraestrutura, o que fez com que a companhia divulgasse um guidance de cerca de R$ 14 bilhões entre 2022 e 2024.

Dessa forma, com a atualização das premissas no modelo, a Genial Investimentos reiterou a recomendação de compra, mas realizou um corte em seu preço-alvo para R$ 15,50 vs. R$ 18,00 em indicação anterior, o que implica em um upside ainda atrativo de +41,42% para o papel.