O UBS BB mantém sua visão positiva para Ultrapar (UGPA3), à medida que o grupo se torna uma nova empresa após os desinvestimentos da Oxiteno e Extrafarma, e ao concluir o programa de sucessão no conselho de administração.
De acordo com os analistas, a eleição da nova gestão no ano que vem coroa esse processo, com Marcos Lutz como provável presidente, mas eles entendem que a nova composição do conselho também exerce papel fundamental para suporte necessário para a jornada de alocação de capital e diversificação potencial.
Em razão disso, o UBS BB reiterou sua recomendação de compra, dada a opcionalidade, mas também de olho no fato de que o mercado ainda não precificou o melhor momento dos postos Ipiranga.
No relatório, o banco ainda cita que as margens para o segundo semestre deste ano e para o ano que vem estarão estruturalmente melhores, mas ainda nebulosas.
As margens de distribuição de combustível têm sido voláteis desde o início de 2020, impactadas por forte dinâmica não recorrente (embora operacional), o que inclui perdas de importação/ganhos e impactos de estoque.
Isso, ao ver de UBS BB, impediu uma visão mais positiva nas distribuidoras de combustíveis no Brasil, porém, o UBS BB sinaliza que, estruturalmente, margens melhoraram para os principais, dado que:
1) as importações tornaram-se mais relevantes à medida que parte do fornecimento;
2) impostos mais baixos proporcionam um espaço menor para a evasão fiscal – assim a concorrência desleal deveria ter um impacto menor.
Isso, aliado a uma contínua reviravolta no Ipiranga (que o UBS BB prevê durar mais 12-18 meses), levam analistas a prever uma margem de R$ 100 por metro cúbico para 2023E, em uma base mais normalizada.
UBS BB mantém recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 18,00 para UGPA3.