As gigantes do mercado brasileiro, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3)(PETR4), sempre atraem a atenção de investidores que buscam rendimento por meio de dividendos.
Ambas as empresas se destacam como grandes distribuidoras de proventos, mas quem tem se mostrado mais generosa para os acionistas?
Vale ou Petrobras: quem tem os dividendos mais generosos?
Só no terceiro trimestre de 2024, a Vale (VALE3) liderou os pagamentos com uma média de R$ 10,5 bilhões distribuídos entre seus acionistas.
O montante foi consideravelmente superior ao que a Petrobras (PETR4) pagou, no mesmo período, um total de R$ 8,2 bilhões, embora a petroleira também tenha registrado um aumento expressivo no desempenho em relação ao ano anterior.
Esses números ilustram a robustez financeira de ambas as empresas, que, apesar de setores diferentes — mineração e petróleo —, se destacam no mercado de ações brasileiro por suas políticas generosas de dividendos.
Projeções para 2025 indicam que a Petrobras deverá oferecer aos seus acionistas um dividend yield (rendimento de dividendos) superior aos 12% e 13%.
Este valor está significativamente acima do que a Vale deve distribuir, com estimativas que apontam para um yield de cerca de 8%.
No ano passado, as ações PETR3 e PETR4 tiveram um dividend yield de 20,56% e 19,94%, respectivamente.
Já a VALE3 atingiu um yield de 10,28%.
Assim, esse diferencial de rendimento torna a Petrobras uma opção mais atraente para os investidores que buscam uma rentabilidade imediata mais alta em relação ao valor investido.
Qual das duas ações devo escolher?
No entanto, é importante destacar que o pagamento de dividendos está sujeito a uma série de variáveis, como o desempenho financeiro das empresas, políticas internas e condições de mercado, o que pode modificar as expectativas a qualquer momento.
Mesmo com a previsão de um yield mais alto para a Petrobras (PETR4), a Vale (VALE3) também continua a ser uma excelente escolha para aqueles que buscam estabilidade, principalmente pelo seu histórico sólido de distribuição de proventos.
Essas empresas, além de pagarem dividendos consideráveis, também têm sido peças-chave na composição dos portfólios de investidores que almejam segurança e rentabilidade a longo prazo.
A decisão entre qual das duas escolher pode depender de vários fatores, como perfil de risco, horizonte de investimento e a estratégia de diversificação do portfólio.
Qual das ações os analistas recomendam?
A Petrobras (PETR4) tem recebido recomendações positivas de analistas, com base em uma visão favorável sobre sua performance financeira e potencial de pagamento de dividendos.
O Bank of America (BofA) elevou sua recomendação para as ações da petroleira, passando de “neutra” para “compra”.
A mudança foi impulsionada por uma sólida gestão financeira e pelo potencial de valorização dos ativos da estatal, especialmente com a flexibilidade para manter um pagamento robusto de dividendos.
O Itaú BBA também manteve a recomendação de “outperform” (compra), com um preço-alvo de R$ 48,00 para os papéis da estatal.
No caso da Vale (VALE3), a situação é mais cautelosa.
Alguns analistas têm se posicionado de forma neutra sobre a ação, com as mudanças na governança da mineradora e sua posição no mercado.
A expectativa em torno da Vale está relacionada principalmente à sua projeção no mercado de commodities, que enfrenta oscilações no preço do minério de ferro, e à sua capacidade de lidar com os desafios globais, como a transição energética e a demanda por novos projetos de infraestrutura.
As expectativas sobre a Petrobras também passam por caminhos parecidos, dado as tensões geopolíticas, que sempre interferem no preço e demanda do petróleo.
No entanto, a visão é mais otimista para a estatal, devido a gestão financeira mais estruturada.