Negociações avançadas

Vale (VALE3) espera concluir acordo sobre o rompimento da barragem de Fundão em outubro

Em reportagem assinada por Geralda Doca, do jornal O Globo, foi informado que Gustavo Pimenta, futuro CEO da mineradora, intensificou suas negociações com autoridades federais e estaduais por acordos

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Em comunicado ao mercado financeiro encaminhado nesta quarta-feira (11), a Vale (VALE3) confirmou estar em negociações avançadas para o acordo relacionado ao rompimento da barragem de Fundão, a partir de propostas previamente apresentadas e divulgadas pelas partes.

Até o momento, nenhum acordo definitivo foi alcançado.

A companhia espera chegar a um acordo final no processo de mediação em outubro de 2024, assinalou Gustavo Duarte Pimenta, vice-presidente Executivo de Finanças e de Relações com Investidores e futuro sucessor de Eduardo Bartolomeo como CEO.

Em reportagem assinada por Geralda Doca, do jornal O Globo, foi informado que Pimenta intensificou suas negociações com autoridades federais e estaduais por acordos como a prorrogação antecipada das concessões das ferrovias Carajás e Vitória-Minas, além de resolver o acordo de ressarcimento relacionado à tragédia de Mariana (MG).

Como Pimenta negocia em torno das concessões de ferrovias

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revisa os valores acordados anteriormente, que foram definidos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Pimenta se reuniu nesta terça-feira (10) com o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), para discutir a renovação dos contratos.

A Vale (VALE3) havia proposto pagar R$ 16 bilhões pela prorrogação, mas o governo federal solicita R$ 25,70 bilhões.

A renovação antecipada do contrato, originalmente previsto para 2027, foi estendida por mais trinta anos.

E quanto ao acordo pelo rompimento da barragem do Fundão?

Gustavo Pimenta iniciou conversas com o governador do Espírito Santo (ES), Renato Casagrande (PSB), sobre o acordo de compensação relacionado ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).

A tragédia envolveu a Samarco, uma joint venture da Vale (VALE3) com a BHP.

A Samarco já desembolsou R$ 37,0 bilhões em compensações e iniciou um processo de negociação para pagar mais R$ 100 bilhões, além de compromissos futuros que somam R$ 49,0 bilhões.

A Vale, como acionista da Samarco, reafirmou seu compromisso com o processo de mediação liderado pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).

Sobre o caso de Mariana, a empresa afirmou ao jornal O Globo:

“Reafirmamos nosso compromisso com as ações de títulos e obrigações relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco. A Vale, como uma das acionistas da Samarco, segue engajada no processo de mediação e busca estabelecer um acordo justo e integral para as pessoas afetadas e o meio ambiente.”