A nomeação de Gustavo Pimenta deve fortalecer a posição da Vale (VALE3) perante os investidores e pode ajudar a estabilizar ou reverter o sentimento negativo que pairou sobre as ações da companhia nos últimos meses, afirma o BTG Pactual, ao avaliar o nome que assumirá a presidência da mineradora em 2025.
Para o banco, esse é um evento positivo para reduzir riscos, embora tenha mantido sua recomendação neutra para as ações da empresa.
De janeiro até julho, os papéis da companhia recuaram mais de 19%. Nesta terça-feira (27), as ações VALE3 reagem ao anúncio, com alta de 2,36% a R$ 59,42.
Pimenta, que atualmente ocupa o cargo de CFO da Vale, teve a nomeação antecipada, surpreendendo o mercado que esperava uma decisão apenas em dezembro.
“A nomeação antecipada é uma vitória para a governança da Vale, especialmente em meio a tentativas de interferência política relatadas pela mídia”, comenta o BTG.
No entanto, o banco prefere manter a cautela, optando por não revisar sua recomendação até que o cenário fique mais claro.
O BTG citou que o ambiente macroeconômico desfavorável continua a impactar as perspectivas de lucro da Vale, justificando sua postura prudente.
“A Vale está sendo negociada a cerca de 4 vezes o EBITDA estimado para 2024, com rendimentos implícitos de fluxo de caixa livre (FCFE) em torno de 8%”, destaca.
O BTG destacou ainda que a renegociação das responsabilidades da Samarco, esperada para as próximas semanas, é outro ponto crucial que pode influenciar a percepção dos investidores sobre a empresa.