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Vale (VALE3): Por que o BTG cortou o preço-alvo para as ações em R$ 25,00?

Analistas elogiam administração da mineradora, mas elencam fatores externos para a revisão pessimista

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Em relatório, o BTG Pactual escreveu que, em questão de alguns meses, a Vale (VALE3) sofreu uma drástica redução de posicionamento pelo mercado (em alguns casos, até passou para posição vendida de alguns investidores).

Neste ponto, as razões (induzidas pela China) para a redução foram bem debatidas, mas o banco disse ter errado claramente no entendimento de vários desenvolvimentos macroeconômicos importantes.

Com isso, analistas revisaram cada um dos principais impulsionadores e riscos dos papéis. Eles dizem que a Vale realmente não possui um “call eleitoral”, então realmente acham que as próximas eleições no Brasil não importam muito para a tese.

Com a Vale equivalente a quase 15% do índice Ibovespa, e com o mercado agressivamente vendido, com posições abaixo do índice, analistas argumentam que a tese parece mais assimétrica aqui, e esperam que as incertezas recentes se dissipem daqui para frente. 

A redução de R$ 25,00 no preço-alvo para as ações, de R$ 115,00 para R$ 90,00, reflete preços de minério de ferro mais baixos (2023 a US$ 95/T vs. US$ 105/T antes), crescimento mais lento dos volumes de minério de ferro no médio prazo (redução de 10-15%), base de custos mais alta, provisões adicionais da Samarco no valor de US$ 1,5 bilhão e uma taxa de desconto mais alta.

Apesar da reabertura mais lenta e da reaceleração da economia chinesa, o BTG Pactual estima pouco mérito em “jogar a toalha” nesta fase.

Eles acreditam que estamos no momento mais deprimido e esperam que a economia da China melhore gradualmente em 2023, à medida que o governo relaxe as restrições da Covid-19 e o mercado imobiliário se acomode.

Creem que a administração da Vale continua altamente disciplinada em sua estratégia de alocação de capital (muito pouco capex de crescimento) e projetam que a maior parte da agenda dependa dos retornos de caixa para os acionistas – preveem um dividend yield de 11 a 12% para 2023, com a inclusão de recompras.

Analistas reiteraram recomendação de compra, com as ações negociadas a 4x EV/EBITDA 23.