
Após divulgação do relatório do primeiro trimestre de 2025, por volta das 14:39 (horário de Brasília), a Vale (VALE3) recua 1,17% nesta quarta-feira (16) a R$ 53,16. De acordo com relatório do BTG Pactual, os números foram marcados por “uma suavidade sazonal na produção, mas nada que comprometa a capacidade da empresa de atingir sua meta de produção”.
A Vale registrou recuo de 4,5% na produção de minério de ferro em relação ao mesmo período de 2024. Isso totaliza 67,664 milhões de toneladas métricas (Mt). O resultado caiu 20,7% em relação ao quarto trimestre do ano anterior.
Apesar dos números, a casa manteve a recomendação neutra para o papel, com preço-alvo de US$ 11,00 para os próximos 12 meses.
Chuvas e licenciamentos afetam operações da mineradora
Conforme os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, o motivo do desempenho da Vale (VALE3) foi o excesso de chuvas no Sistema Norte. A região também enfrentou restrições de licenciamento já previstas.
Assim, “em relação aos preços, o trimestre foi negativamente impactado por prêmios mais fracos tanto em finos quanto em pelotas, influenciados pela menor disponibilidade de minério do Sistema Norte e pela baixa disposição (e margens) da China para pagar por qualidade”.
Vendas superam produção graças a estoques
Mesmo com a queda na produção, a Vale (VALE3) conseguiu aumentar suas vendas de minério de ferro em 3,6% no comparativo anual. Assim, a mineradora totalizou 66,14 Mt. Em relação ao trimestre anterior, houve recuo de 18,5%.
O que BTG Pactual prevê para a Vale (VALE3)?
Analistas do BTG Pactual consideraram o relatório do primeiro trimestre estava alinhado com as expectativas do banco. Porém, eles preferem aguardar uma maior clareza sobre o cenário macroeconômico global antes de adotar uma posição mais otimista para a Vale (VALE3).
“A situação macro da China ainda é frágil (especialmente com o acirramento da guerra comercial), o que pressiona o setor de aço e coloca um teto nos preços do minério de ferro”, afirmam os analistas.
Eles ainda concluíram que esperam “novas revisões negativas para a empresa à medida que o mercado precifica um ambiente de minério mais fraco em 2025”.