O BTG Pactual observou desafios consideráveis enfrentados pela Viveo (VVEO3) em seu desempenho no quarto trimestre de 2023 e sinalizou potenciais riscos para a empresa.
Para o banco, os resultados foram fracos, com a empresa enfrentando uma grande queima de caixa nesse período devido às dinâmicas desafiadoras de capital de trabalho.
"Apesar de resultados sem brilho, não houve grandes surpresas no Demonstrativo de Resultados (DRE), com o EBITDA (lucro antes juros) ajustado praticamente estável em comparação com o ano anterior, porém, 9% abaixo da nossa estimativa", comenta o BTG.
Na receita líquida, a Viveo totalizou R$ 2,9 bilhões, um aumento de 11% em relação ao ano anterior, mas 6% inferior as expectativas do BTG Pactual.
Uma das questões preocupantes destacadas pelo banco foi o significativo aumento da dívida líquida em aproximadamente R$ 600 milhões trimestralmente, com um total de R$ 2,26 bilhões. "Isso reflete os desafios enfrentados pela empresa em relação às dinâmicas de capital de trabalho, com um fluxo de caixa negativo após despesas de capital orgânico", disse o BTG.
Isso porque, os analistas do banco observaram que a empresa queimou R$ 348 milhões em contas a receber, enquanto os dias de recebimento aumentaram para 66 em comparação com 62 no ano anterior.
Além disso, foram queimados R$ 250 milhões em inventários, com os dias de estoque aumentando para 72 em comparação com 52 no quarto trimestre de 2022.
Segundo BTG, esse balanço do 4T23 traz incertezas quanto ao investir ou não na ação, principalmente por evidenciar as dinâmicas desafiadoras de capital de trabalho, que são cruciais para o seu desempenho futuro.
Nesta terça-feira (26), um dia após os resultados, os papéis da empresa operam com baixa de 2,31%, por volta das 10:30, cotados a R$ 6,35