No quarto trimestre de 2022, a XP (XPBR31) registrou um lucro líquido de R$ 783 milhões – houve queda de 21,0% em um ano.
Embora os principais KPIs já tenham sido pré-reportados em 17 de janeiro e o BTG Pactual tenha ajustado estimativas em 31 de janeiro, o P&L ainda foi mais fraco que o esperado, pois a receita líquida (R$ 3,2 bilhões), EBT (R$ 739 milhões) e lucro líquido (R$ 783 milhões) vieram 12,0%, 22,0% e 15,0% abaixo das estimativas.
O EBT (uma métrica que analistas do BTG preferem utilizar para observar a XP, devido à sua taxa de imposto volátil e muito baixa) caiu 25% trimestre a trimestre.
Em sua apresentação, a administração repetidamente citou um cenário macroeconômico difícil (Selic alta) e uma base de custos muito alta no início de 2022, para justificar os resultados mais fracos que o estimado.
A XP revelou uma agenda agressiva de corte de custos, mas a deterioração da receita (e a falta de uma estratégia clara para compensar o cenário macro) deve pesar sobre as ações, na visão dos analistas.
O BTG Pactual reiterou recomendação neutra para os BDRs, ao preço-alvo de R$ 95,00.