Nesta sexta-feira (23), a Zamp (BKBR3), antiga Burger King Brasil, informou que o investidor estatal dos Emirados Árabes Unidos Mubadala revogou a oferta pública de aquisição de ações (OPA) que lhe daria o controle das operações brasileiras.
A decisão ocorre depois que a Restaurant Brands International, master franqueadora das marcas Burger King e Popeyes, não garantiu na véspera que a potencial tomada do controle da Zamp pelo investidor árabe manteria inalterados os atuais contratos de franquia das duas marcas, que representam o grosso da operação da Zamp.
Para o Goldman Sachs, o revés surge como uma oportunidade de compra, com preço-alvo de R$ 14,60 em doze meses – o que implica em um potencial de valorização de 100,5% sobre a cotação atual.
O Morgan Stanley destaca que o Mubadala ainda não se posicionou formalmente nem esclareceu os motivos para a desistência.
Analistas ressaltam que todas as empresas na cobertura desempenham um forte histórico de execução, ativos de alta qualidade e oferecem vantagens atraentes em múltiplos-alvo conservadores, uma oportunidade de avaliação que foi evidenciada pela oferta para a Zamp.
A preços atuais ainda veem mais potencial em ARCO, top pick de Morgan Stanley.
Eles continuam a acreditar que os resultados de todas as empresas irão manter uma tendência positiva no segundo semestre, em acompanhamento a recuperação do tráfego e alavancagem operacional, fatores-chave para uma reavaliação das ações.
Mantiveram recomendação over-weight (OW), com preço-alvo de R$ 9,00.
Já o Santander já acreditava que a Mubadala poderia retirar sua oferta. Analistas citaram a baixa adesão dos acionistas e às incertezas em relação aos MFDAs.
A Mubadala possui 4,95% da Zamp e sua incapacidade de garantir o controle da empresa abre espaço para o fundo vender suas ações, o que permite criar assim uma saliência sobre o estoque.
Eles mantiveram recomendação outperform (OP), com preço-alvo de R$ 10,00.