Por Ana Carolina Siedschlag, da Investing.com – Os analistas da XP e do BTG Pactual (SA:BPAC11) apontaram que as crescentes restrições na capacidade e horários de funcionamento de shoppings centers de São Paulo deve levar a um ritmo mais lento na recuperação de vendas e aluguéis de lojistas, o que pode levar a uma vacância maior no primeiro trimestre.
Segundo a corretora e o banco de investimentos, em relatórios separados desta terça-feira (26), o recente fluxo de notícias tem sido bastante negativo para o setor de shoppings com o aumento do número de infectados pela Covid-19 levando mais cidades a decretarem medidas emergenciais contra aglomerações.
Para o BTG Pactual, todas as seis companhias do segmento listadas em bolsa devem sofrer com as novas medidas, mas a recomendação de Compra para a maioria dos papéis segue por conta do forte desconto impulsionado pela pandemia.
Iguatemi (SA:IGTA3)
O Iguatemi revelou prévia operacional com números “fracos”, diz o BTG, mas com as vendas mesmas lojas caindo “apenas” 11,8%, o que, para os analistas, é positivo considerando o cenário restritivo.
Enquanto isso, a XP, que manteve a recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 41 para a ação, diz esperar volatilidade para o papel por conta das novas medidas, apesar dos números terem mostrado alguma recuperação para a companhia.
O Iguatemi informou nesta sexta-feira (22) que as vendas em lojas de seus shopping centers somaram R$ 3,6 bilhões no quarto trimestre, uma queda de 14,4% ante mesma etapa de 2019, ainda refletindo os efeitos da pandemia da Covid-19.
Perto das 16h10, os papéis do Iguatemi subiam 2,91%, a R$ 33,60, com queda acumulada de 9% no mês e de 38% no ano.