A Hapvida (HAPV3) afirmou que às propostas preliminares da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para mudanças no setor de planos de saúde não devem gerar impactos financeiros em suas operações.
Apesar disso, a empresa avalia que algumas mudanças podem ter efeitos contrários aos desejados, como reajustes mais altos para contratos com maior número de vidas e a redução da competitividade no mercado.
Além disso, a Hapvida considera que o setor já adota mecanismos de regulação efetivos e que limites arbitrários podem impactar a acessibilidade dos planos.
Esse posicionamento da companhia surge após as ações HAPV3 caírem mais de 11% na última terça-feira (17) e fechar o pregão custando R$ 2,28, com influencia das mudanças da ANS.
As propostas da ANS
As sugestões apresentadas pela ANS ainda passarão por consulta pública entre 19 de dezembro de 2024 e 3 de fevereiro de 2025, antes de serem detalhadas ou aprovadas.
Entre as principais propostas está a ampliação do agrupamento de risco dos planos coletivos empresariais, atualmente limitado a contratos com até 29 beneficiários, para até 1.000 vidas.
Além disso, a ANS também sugere novos parâmetros para reajustes, como o fim da combinação de índices financeiros e de sinistralidade, além de uma sinistralidade meta mínima de 75%.
No tema de coparticipação e franquia, a ANS propõe limites financeiros de até 30% por procedimento, um teto mensal equivalente a 30% da mensalidade, e um limite anual de 3,6 mensalidades.
Nesse sentido, a Hapvida disse que participará ativamente da consulta pública e continuará dialogando com a ANS para contribuir com o aprimoramento das regras.