Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – O Banco do Brasil (SA:BBAS3) anunciou, na última segunda-feira (11), um extenso programa de reestruturação para melhorar a eficiência e o relacionamento com o cliente e promover a digitalização. Foi anunciado ainda um programa de desligamento voluntário que, segundo o banco, deve ser aderido por 5% dos funcionários.
O programa foi visto com bons olhos pelos analistas: em relatórios, a XP e o Goldman Sachs recomendam Compra para as ações, ambas com preço-alvo de R$ 43.
Por volta das 17h06, o papel tinha alta de 1,02%, a R$ 39,54, após ter registrado R$ 39,79 na máxima e R$ 38,89 na mínima do dia, com R$ 465,52 milhões em volume negociado. O Ibovespa seguia na mesma direção, em alta de 0,62%, aos 124.015 pontos.
Na análise do Goldman Sachs, as economias previstas poderiam representar até R$ 809 milhões em 2021, ou 5% do lucro líquido estimado para 2021 pelo Goldman. Desse total, R$ 353 milhões viriam da reestruturação e R$ 615 milhões da redução de despesas com pessoal, estima.
“Nós vemos essas medidas como positivas para o banco, mostrando o comprometimento da gestão em melhorar a eficiência para compensar as pressões sobre a receita causadas pela menor taxa de juros e pela concorrência”, diz o Goldman. A opinião da XP vai na mesma linha: “Consideramos o anúncio como positivo, uma vez que o setor passa por forte concorrência nos serviços de varejo e a redução de custos pode ser uma forma de manter a rentabilidade em altos patamares”, diz a corretora.
Na visão do Goldman, os principais riscos para a performance da companhia são o fato de ser estatal e, consequentemente, poder haver intervenções do governo; uma possível deterioração da qualidade dos ativos; e uma menor lucratividade dos empréstimos ligados ao agronegócio.