Os investidores estrangeiros retiraram R$ 32,1 bilhões em recursos no segmento secundário da Bolsa — B3 (ações já listadas) em 2024. O montante representa a maior saída de capital desse perfil de investidor desde 2020, no primeiro ano da pandemia.
Esse movimento pode ser explicado pela maior aversão a risco em meio à preocupação dos investidores em relação às contas públicas brasileiras. Outro fator que prejudicou o mercado de ações foram a alta do dólar, que ultrapassou os R$ 6 pela primeira vez na história em 2024.
Além disso, o Banco Central anunciou aumento da taxa básica de juros (Selic) em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A autarquia também encomendou mais duas altas da mesma magnitude para a taxa que visa controlar a inflação do país.
Apesar disso, no acumulado de dezembro, os estrangeiros aportaram mais recursos do que retiraram da Bolsa e o superávit chegou a R$ 1,7 bilhão.
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Em 2023, os dados também revelaram mais saques do que entradas de investidores institucionais no segmento secundário da B3. Em 2024, o déficit da categoria chegou a R$ 37,5 bilhões. Já no mês de dezembro, as retiradas da categoria atingiram R$ 9,0 bilhões.
Apesar disso, o investidor individual foi o único que terminou o ano de 2024 com um superávit de R$ 30,8 bilhões em recursos no segmento secundário da B3.
No acumulado de dezembro, também houve mais entradas do que saídas no valor de R$ 3,5 bilhões da categoria.
Ipê Investimentos
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