
No mundo dos investimentos, compreender o desempenho de um ativo ao longo do tempo é essencial para tomar decisões estratégicas. Entre as diversas métricas utilizadas, o CAGR (Compound Annual Growth Rate), ou Taxa de Crescimento Anual Composta, se destaca como um dos indicadores mais eficientes para medir o crescimento médio anual de um investimento de forma precisa e simplificada.
Confira a seguir como a taxa é calculada e utilizada:
Como o CAGR é calculado?
O CAGR é calculado a partir da seguinte fórmula:
Onde:
- Valor Final: montante ao final do período analisado;
- Valor Inicial: montante no início do período;
- n: número de anos do período.
Por exemplo, se um investidor aplicou R$ 20.000 em um ativo no ano de 2020 e, em 2023, esse valor cresceu para R$ 30.000, o cálculo seria:
Isso significa que o investimento teve um crescimento médio anual de aproximadamente 14,47% ao longo de três anos.
Para que serve o CAGR?
O CAGR se aplica na hora de:
- Comparar a performance de investimentos diferentes: ao padronizar a taxa de crescimento anual, facilita a análise de ativos distintos com durações variadas.
- Avaliar a evolução de um portfólio ao longo do tempo: oferece uma visão clara e simplificada do crescimento médio, mesmo quando os retornos anuais variam.
- Projetar metas financeiras a longo prazo: com base em taxas de crescimento passadas, investidores podem estimar o potencial de valorização de seus ativos no futuro.
Limitações do CAGR
Apesar de sua utilidade, o CAGR possui algumas limitações que devem se levar em consideração antes de sua aplicação.
Como a métrica assume um crescimento constante ao longo do período analisado, pode mascarar oscilações significativas que ocorrem de um ano para outro.
Ou seja, isso pode ser problemático em investimentos sujeitos a grandes variações, como ações e criptomoedas, onde os retornos podem ser altamente instáveis.
Além disso, o CAGR ignora aspectos como crises econômicas, mudanças regulatórias e tendências de mercado que podem impactar o desempenho de um ativo.
Dessa forma, confiar exclusivamente nessa métrica pode levar a uma análise incompleta da realidade do investimento.
Ainda mais, outro ponto importante é que o CAGR não leva em conta fluxos de caixa intermediários. Em muitos casos, investidores realizam aportes adicionais ou retiradas ao longo do período de investimento, o que pode influenciar o retorno real.
Como essa métrica não incorpora essas movimentações, ela se torna mais adequada para avaliar investimentos de valor fixo ao longo do tempo.
Além disso, por ser uma média composta, o CAGR pode superestimar ou subestimar o crescimento real, criando uma falsa impressão de estabilidade e crescimento contínuo, quando na realidade os retornos podem ter sido desiguais e irregulares.